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Páscoa: A santificação do coelho

Páscoa: A santificação do coelho

Símbolos pagãos foram cristianizados e fizeram festa perder sentido original.

Infelizmente, na maioria das vezes, a Páscoa é uma comemoração lembrada pelas famílias – inclusive cristãs – apenas pela distribuição de coelhos e ovos de chocolate. Isso ocorre porque desconhecem o seu verdadeiro significado bíblico, ou porque preferem evitar maiores conflitos com os filhos, amigos ou familiares, que sempre insistem em dizer: “não há nenhum problema…”; “são apenas símbolos inocentes…”; “afinal de contas, todos praticam desta forma…”.

Na tentativa de “cristianizar” uma prática que nada tem a ver com o verdadeiro sentido bíblico da festa da Páscoa, instituída pelo próprio Deus, muitos artifícios são utilizados para deturpar verdades simples de Sua palavra. Alguns até “espiritualizam”, dizendo que o coelho, devido à sua grande fecundidade, simboliza a Igreja, que recebeu de Deus a capacidade de gerar muitos discípulos.

Vale lembrar que no Antigo Testamento bíblico, o coelho era tido como animal impuro. Ao seu lado, dizem eles, vem o ovo que é símbolo de ressurreição, pois contém vida dentro de si que apenas aguarda o momento de ser revelada, fazendo alusão ao sepulcro de Cristo.

Assim, o ovo de chocolate é lembrado como o túmulo que se abriu para a ressurreição de Cristo. As pinturas em cores brilhantes que acompanham as embalagens dos ovos de chocolate representariam a luz solar. Que engano!

Origens

Mas, como surgiram esses símbolos? Historiadores retratam o surgimento do coelho como símbolo a partir de festividades praticadas anualmente pelos egípcios no início da primavera, que utilizavam o animal como representação de nascimento e nova vida.

Ao longo da história observamos que o coelho passou a ocupar o status de símbolo máximo na festa da Páscoa, em detrimento daquele que deveria estar no centro das atenções, Jesus Cristo, o cordeiro de Deus. Já os ovos começaram a ser dados como presentes pelos persas e egípcios.

Os primeiros acreditavam que a terra teria saído de um ovo gigante, e os egípcios costumavam tingir os ovos com cores primaveris, acreditando que isso transmitiria boa sorte.

Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos especificamente na Páscoa. Mais tarde, a própria Igreja Romana foi introduzindo outros elementos simbólicos que nada tinham a ver com as origens bíblicas da celebração da Páscoa (Ex: Velas, que passaram a significar “Cristo, a luz dos povos”).

A falsa teologia da Páscoa, com o conhecido coelhinho e ovos de chocolate, começa a ser incutida desde a tenra idade, quando na escola, as crianças aprendem a famosa musiquinha “Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?”.

A resposta certa para essa canção é: um ritual pagão dedicado a uma antiga deusa. Parece ser uma afirmação muito pesada. Mas, voltando às origens da palavra que define a chamada “Páscoa Comercial”, é possível traçar a trajetória histórica do real significado do termo.

Nos países de língua germânica, há muito tempo, havia uma palavra que denotava uma festa celebrada no inverno. Com a chegada do cristianismo, essa mesma palavra passou a ser empregada para significar o aniversário da ressurreição de Cristo.

Esta palavra, em inglês, “Easter”, é apontada como uma reminiscência da palavra “Astarote”, a deusa – mãe da fertilidade, cujo culto era generalizado por todo mundo antigo oriental e ocidental, sendo até mesmo citado na Bíblia.

Seguindo essa linha de raciocínio, é possível afirmar que o “Easter Egg”, o coelho da páscoa nos Estados Unidos, (note bem a permanência da palavra Easter), é a representação atual da deusa Astarote.

Já o ovo estaria diretamente ligado ao culto através da simbologia que possui em relação à fertilidade. Ou seja, compactuar dos símbolos da “Páscoa Comercial” é compactuar com um culto em homenagem a um deus pagão.