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A Páscoa do Senhor

A Páscoa do Senhor

O que a Bíblia nos ensina sobre a maior festa cristã.

“Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés
e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do Senhor.”
Êxodo 12:11

Após um cerca de 400 anos de escravidão na terra do Egito, Deus enviou Seu servo Moisés para libertar o Seu povo com a seguinte mensagem a faraó: “Deixa ir o meu povo.” Nove pragas foram enviadas por Deus a fim de quebrantar o coração de faraó, que ia se tornando cada vez mais endurecido. Agora, Deus havia determinado enviar a décima e derradeira praga, aquela que seria a pior de todas e motivo de grande pranto em toda a terra do Egito.

Era uma noite aparentemente como as demais, porém não para o povo de Deus. Cerca de dois milhões de pessoas aguardavam com ansiedade aquela que seria a noite mais importante em toda a sua vida, quando Israel finalmente poderia sair em retirada na direção da Terra da Promessa. Aquela noite seria a Páscoa do Senhor.

Naquela noite Deus enviaria um anjo destruidor para aniquilar “todo primogênito… desde os homens até os animais” dos que habitavam no Egito (12:12).  Mas como os primogênitos israelitas não seriam mortos juntamente com os egípcios, visto que habitavam na mesma terra? Como poderiam eles escapar do anjo destruidor enviado pelo Senhor?

Deus havia dado uma ordem clara: Cada família deveria tomar um cordeiro sem defeito e sacrificá-lo ao Senhor. As famílias menores poderiam repartir juntas um cordeiro entre si (12:4). Naquela noite específica os israelitas comeriam a carne do cordeiro juntamente com ervas amargas e pão sem fermento.

Parte do sangue do animal sacrificado deveria ser aplicado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando, então, o anjo destruidor passasse por cima das casas daquela terra (daí o termo Páscoa, do hebraico pesah, que significa passar por cima ou pular além da marca), veria o sinal do sangue, e não mataria o primogênito.

Conforme Deus havia prometido, Deus julgou toda a terra do Egito: “Desde o primogênito de faraó, que se assentava no seu trono… e todos os primogênitos dos animais… e fez-se grande clamor no Egito, pois não havia casa em que não houvesse morto (12:29,30).”
Aquela foi uma noite inesquecível, pois enquanto na terra do Egito havia grande pranto, na casa dos israelitas havia proteção e alegria. Agora eles poderiam sair livremente para a terra da promessa! A partir daquele momento da história, o povo de Israel celebraria todos os anos a Festa da Páscoa.

Mas o que a celebração desta festa tem a ver conosco nos dias de hoje, já que aconteceu há milhares de anos atrás? É importante que salientemos alguns aspectos:

Simbologia

Em primeiro lugar Deus ordenou o sinal do sangue como o único meio pelo qual não houvesse destruição dos primogênitos israelitas. Note que este fato aponta profeticamente para o sangue de Jesus, que um dia seria derramado na cruz do calvário para a salvação de toda a humanidade. Jesus é o Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo (Jo. 1:29).

Um outro aspecto importante é que eles deveriam comer a carne do Cordeiro Pascal juntamente com ervas amargas e com pão sem fermento. As ervas amargas simbolizariam o tempo amargo de escravidão no Egito, que jamais deveria ser esquecido pelos israelitas.

Assim, toda vez que comessem estas ervas, os pais compartilhariam com seus filhos os feitos de Deus e como eles haviam sido libertos da casa da servidão e de faraó.

O pão sem fermento simbolizaria a vida do próprio Jesus sem o fermento do pecado que foi repartida a nós, pecadores. É somente através da sua vida em nós que podemos vencer a força do pecado em nossas vidas.

Por meio da miraculosa obra da Páscoa vemos claramente a determinação de Deus em nos libertar da escravidão que mundo (figura do Egito) e Satanás (figura de faraó) nos impunham através da poderosa morte sacrificial do nosso Cordeiro Pascal, Jesus Cristo.

Assim como as casas marcadas com o sangue foram preservadas, o sangue de Jesus estabeleceu entre Deus e nós uma aliança. A Palavra declara que “pelas suas pisaduras nós fomos sarados” (Is. 53:5). Ao aplicar o sangue de Jesus nas ombreiras da porta do nosso coração, somos capazes de usufruir da verdadeira liberdade e vida abundante que só a experiência viva da Páscoa pode nos dar. Portanto, experimente a Páscoa e viva a Páscoa do Senhor todos os dias de sua vida.

Davi de Sousa

Pastor da Igreja Nova Aliança de Londrina